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Após o término da Segunda Guerra Mundial, no final dos anos 40, a situação econômica e social da Itália ainda era bastante instável, tanto no meio rural, quanto urbano, apesar da ajuda do Plano Marshall, um grande aporte financeiro dos Estados Unidos para a reconstrução da Europa, entre 1948 e 1951, quando apenas a Itália recebeu cerca de US$ 1,5 bilhão.
No Brasil, cessada a guerra e no intuito de imprimir uma política imigratória racional e definitiva no país, em 18/09/1945 o governo brasileiro edita o Decreto Lei 7967, estabelecendo uma política que atendesse à dupla finalidade de proteger os interesses do trabalhador nacional e desenvolvimento da imigração que fosse fator de progresso para o país.
O Decreto Lei 7967 em seus artigos 38 e 40 regulamentava a possibilidade de governos, empresas e particulares promovessem a vinda de imigrantes ao país. Em 10/02/1947 os governos do Brasil e da Itália assinaram o Tratado de Paz e em 08/10/1949 um acordo para incentivar as relações e colaboração entre os dois países, com o objetivo de encontrar soluções pendentes no pós-guerra entre as duas nações.
Entre outras questões estava a liberação dos bens italianos bloqueados no decorrer da guerra. Em 28/09/1950 foi criada a Companhia Brasileira de Colonização e Imigração Italiana, quando tiveram início as operações para implantar a infraestrutura destinada à vinda de novas levas de imigrantes italianos ao país, que já havia começado em 1870. Entre 1949 e 1950 o governo italiano enviou ao Brasil uma Missão Técnica Agrícola para mapear áreas de terra com potencial para o assentamento de imigrantes, entre elas Pirabeiraba em Joinville, SC, Santa Tereza, GO e na Fazenda Pedrinhas, que então pertencia ao município de Maracaí,SP. A missão da companhia era fazer o reconhecimento do local, avaliar a fertilidade das terras, implantar a estrutura urbana e rural mínima para receber os imigrantes, bem como fornecer assessoria técnica visando o sucesso do empreendimento.
A fundação do núcleo colonial se deu em 21/09/1952, com o lançamento da pedra fundamental para a construção da igreja matriz, com a presença do presidente da Companhia Brasileira de Colonização e Imigração Italiana, Comendador Arturo Apollinari, do superintendente Professor Antonio Di Benedictis, do Professor Vittorio Ronchi, presidente do ICLE - Instituto Nazionale de Credito Per Il Lavoro Italiano Al Estero, de Roma, do Monsenhor Ernesto Montagner, vigário geral e diretor da companhia e da Sra. Celeste Sbais Guerin, nascida na Itália em 1883, a pessoa mais idosa do assentamento na época.
Em 13 de novembro de 1952, a colônia recebeu o maior grupo de imigrantes italianos, composto por 28 famílias. Para os imigrantes que vieram com a intenção de trabalhar na agricultura, era destinada uma área de terra equivalente a aproximadamente oito alqueires, com uma casa padrão, ferramentas para lavrar a terra, insumos e sementes, bem como alguns animais destinados a criação e futuro sustento.
O pagamento de todos esses bens, seria feito à companhia, com um percentual de 33% da produção nos anos subsequentes. Muitos imigrantes não se adaptaram ao trabalho no campo e se mudaram para grandes centros, em busca de emprego ou retornaram para a Itália.
A princípio, as atividades agrícolas eram direcionadas para o cultivo de lavouras de subsistência e pecuária. Já na década de 60 as culturas de algodão, milho, trigo se tornaram as principais fontes de renda.
Da década de 70 em diante, uma nova cultura começou a se expandir, a soja e o abandono gradual do algodão e trigo. Em meados da década de 60 a então colônia de Pedrinhas passou a pertencer ao município de Cruzália, que havia se emancipado de Maracaí, SP.
No começo dos anos 80 torna-se distrito e em 31/12/1991 consegue a sua emancipação político-administrativa tornando-se o município de Pedrinhas Paulista, para se diferenciar de seu homônimo no estado de Sergipe.
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